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Tubulações com Amianto não alteram qualidade de água potável


A imprensa de Dourados (MS) deu destaque aos esclarecimentos feitos pelo Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) tranquilizando a população quanto à inexistência de risco à saúde humana diante da presença de amianto nas tubulações de água potável da cidade. Em fevereiro deste ano, alguns jornais e sites locais haviam divulgado notícias alarmantes, segundo as quais a água era suspeita de ser cancerígena.

Ao lembrar que o amianto é um mineral encontrado facilmente nos leitos de rios e riachos e que somente irá fazer mal à saúde se uma pessoa respirar quantidades imensas de fibras por muitos anos seguidos, o IBC informou que grandes centros urbanos como as cidades de Nova York, San Francisco, Chicago, Paris e Brasília, dentre outras, utilizam há décadas tubulações de amianto para fornecimento de água potável. Não há registro na literatura médica mundial de adoecimento de pessoas por ingerirem a água ou usarem produtos de fibrocimento com amianto, como é o caso das telhas e caixas d’água.

Essa não é a primeira vez que as tubulações com amianto despertam polêmica e chamam a atenção, principalmente, dos veículos de comunicação que não dispõem de maiores informações sobre o tema. Em abril de 2011, um jornal da cidade de Princesa Isabel, no sertão da Paraíba, chegou a publicar que a saúde da população estava em risco desde que se constatou que a água era transportada por tubos com amianto. O IBC enviou, imediatamente, um informe deixando claro que mesmo sob condições severas de desgaste as fibras de amianto, nesses casos, não representam nenhum perigo. 

O IBC tem aproveitado essas ocasiões para alertar a comunidade para a falsa propaganda que tem sido feita, ao lado dessas notícias, em torno dos produtos que contêm fibras sintéticas de PP e PVA. Lembra, nesse sentido, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que as fibras sintéticas podem até ser piores do que as do amianto, pois apresentaram alto nível de biopersistência e toxidade. Ou seja, essas fibras permanecem por muito tempo no organismo humano, causando danos de conseqüências ainda indefinidas à saúde, conforme estudos realizados pela Agência Internacional de Pesquisas sobre Câncer (IARC) e divulgados em reunião científica conhecida como Workshop de Lyon.