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Data de publicaçao: 17/09/2014
Riscos à saúde decorrentes da Crisotila

Essa análise fornece uma base para fundamentar tanto cineticamente como patologicamente as diferenças entre a crisotila e o anfibólio fibroso. A Crisotila que é rapidamente atacada pelo ambiente ácido macrófago, que se dissolve no pulmão na forma de fibras e partículas curtas, ao passo que os amiantos anfibólios persistem criando uma resposta para a estrutura fibrosa desse mineral.

Os estudos de toxicidade por inalação de crisotila em condições de sobrecarga não pulmonar demonstraram que as fibras longas (>20 μm) são rapidamente eliminadas do pulmão e não são translocadas para a cavidade pleural e não iniciam resposta de caráter fibrogênico. Em contraste, as fibras longas de amianto anfibólios que persistem, são rapidamente (em 7 dias) translocadas para a cavidade pleural e resultam em fibrose intersticial e derrame pleural inflamatório.

As avaliações quantitativas dos estudos epidemiológicos de fibras minerais determinaram a potência da crisotila e dos amiantos anfibólios de causar câncer pulmonar e mesotelioma em relação ao tipo de fibra e também diferenciaram esses dois minerais. Esses estudos foram analisados com base no uso frequente de amiantos anfibólios.

Como ocorre com outras partículas respiráveis há evidências de que uma exposição intensa e prolongada a crisotila pode causar câncer pulmonar. A importância das avaliações atuais e outras similares mostram que os estudos de baixas exposições a crisotila não apresentam risco perspectível à saúde. Já que a dose total com o tempo determina a probabilidade de ocorrência da doença e progressão, elas também sugerem que o risco de um resultado adverso pode ser baixo mesmo com exposições elevadas que tiveram uma duração curta de tempo.